Phantogram é uma ilusão de ótica na qual objetos impressos parecem tomar formas tridimensionais. Este nome não poderia ter sido melhor escolha para a banda dream pop formada em 2007 pelos nova-iorquinos e amigos de infância Sarah Barthel (vocais e teclados) e Josh Carter (vocal e guitarra). Se o som pudesse ser visualizado, seria totalmente em 3-D. Mas você pode fechar os olhos e fazer uma viagem totalmente etérea.
Apesar de somente agora estarem fazendo um relativo sucesso, o Phantogram foi criado em 2007 e possui dois discos lançados: o ótimo “Eyelid movies” de 2009 e o mais recente “Voices”, de 2014, produzido por John Hill, que já trabalhou com Santigold e M.I.A.
Com uma sonoridade que remete ao The XX devido às toneladas de sintetizadores, efeitos e batidas cadenciadas, o Phantogram também lembra (e muito) os arranjos vocais e harmoniosos do Cocteau Twins com algumas pitadas do pós-punk gótico, das melodias industriais do Depeche Mode e da psicodelia do Flaming Lips.
Pela primeira vez no Brasil, eles se apresentaram no Converse Rubber Tracks, uma iniciativa bacana da marca de tênis Converse em promover experiências musicais gratuitas e com abertura de uma banda independente local. Os escolhidos foram os garotos do The Outs, que levou ao palco sua madura e sensacional neopsicodelia a la Oasis e Tame Impala.
Mesmo com o Circo Voador com menos da metade de sua capacidade, o Phantogram fez um show bastante correto e enérgico, pois ao vivo eles se saem ainda melhor do que no estúdio, devido ao carisma da vocalista Sarah, que provou que não é só uma belíssima mulher que balança o cabelinho liso. Ela tem voz, harmonia e talento de sobra.
Canções como “Black out days”, “The day you died”, “When I´m small” e “Fall in love” tem uma pegada totalmente radiofônica, mas a maioria das músicas mantém um lado mais intimista, fazendo com que o show seja muito mais para apreciar do que pular.
Da próxima vez que vierem, seria interessante reproduzir todo aquele ambiente imagético que eles possuem nos clipes para os palcos. Seria a forma perfeita de casar o som com a imagem que a música do Phantogram oferece.
Set list:
Nothing but trouble / Running from the cops / As far as I can see / Black out days / Turning into stone / Bad dreams / Don´t move / The day you died / Bill Murray / I don`t blame you / Fall in love / Howling at the moon / When I´m small / Mouthful of diamonds / Celebrating nothing
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